Um dos projetos mais relevantes, a exposição imersiva “Café ATRAVÉS DOS SENTIDOS” terá palestra de João Candido Portinari no dia 20 de fevereiro, com finissage. Concluindo um ano desde sua abertura em fevereiro de 2024, o Polo Cultural ItalianoRio se tornou espaço cultural permanente no Centro do Rio, fortalecendo a requalificação urbana no âmbito do projeto municipal “Reviver o Centro”. Como o próprio nome indica, a proposta é divulgar a influência italiana na formação cultural, social e econômica do Rio de Janeiro. Tendo recebido quase 30 mil pessoas, o Polo já abrigou importantes eventos, destacando-se a celebração dos 150 anos da imigração italiana. Quem fecha a agenda de palestras gratuitas no dia 20 de fevereiro, às 18h, é João Candido Portinari, que irá abordar “Portinari e o Café”, esmiuçando a arte que celebra o trabalho e a cultura brasileira e italiana. Seu pai, Candido Portinari, tem um painel reproduzido em uma das paredes do espaço.
Plano anual e nova identidade visual.
Com produção da Artepadilla, o projeto prevê exposições temporárias, eventos, publicações de livros e manutenção do espaço cultural. Contando com aportes de patrocínio da TenerisConfab, do Grupo Autoglass, do Instituto Cultural Vale e da Generali Seguros, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, e incentivos diretos da TIM Brasil, além de recursos próprios, o objetivo é fortalecer as relações culturais entre Brasil e Itália nas áreas de artes, design, literatura e línguas.
Sobre a exposição “Café ATRAVÉS DOS SENTIDOS”.
Produzida pela Artepadilla através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e com idealização e curadoria de Josefina Durini, “Café ATRAVÉS DOS SENTIDOS” ocupa o andar térreo e o mezanino, contemplando temas abrangentes com a finalidade de proporcionar uma experimentação completa em vários níveis. A escolha do local, na Casa D’Italia, centro da cultura italiana no Rio, não poderia ser mais adequada, dando os devidos créditos à imigração italiana e sua contribuição ao desenvolvimento do café no Brasil, no ano da comemoração dos 150 anos da chegada da primeira leva de imigrantes italianos, recorrência homenageada pelo painel do grafiteiro Bruno Big, presente no espaço, com representações sobre o café. Com sua excelência na arte da inovação, foram empresários italianos os criadores do café expresso. Desde os primórdios, em 1883, até hoje, a tecnologia e design italianos vêm sempre se aprimorando para produzir os melhores maquinários para realizar o “expresso” mundialmente consumido.
“O que se sente não se esquece”, enfatiza a curadora e idealizadora do projeto, Josefina Durini, com a expertise de quem cultiva café especial orgânico certificado em sua fazenda situada no Vale do Café fluminense, em Barra do Piraí. “O Brasil foi, e ainda é, o maior produtor e exportador mundial do grão, por isso quisemos apresentá-lo de maneira nunca antes vista”, completa ela, que também é responsável pela concepção da mostra.
Sobre João Candido Portinari.
João Candido Portinari é Ph.D. pelo Massachusetts Institute of Technology – MIT. (Antes de ingressar no MIT, cursou o Lycée Louis-Le-Grand e a École Nationale Supérieure des Télécommunications, em Paris, onde se formou como Engenheiro de Telecomunicações). A convite da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio, regressa ao Brasil, em 1967, após dez anos no exterior. Passa a integrar o quadro docente da PUC-Rio, como professor em tempo integral e dedicação exclusiva. Foi um dos fundadores do Departamento de Matemática da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio, do qual foi Diretor de 1968 1970. Em 1979, após 13 anos de atividades de pesquisa, ensino e administração desenvolvidas em tempo integral no Departamento de Matemática da PUC-Rio, o Professor Portinari concebeu e implantou o Projeto Portinari, trabalho universitário de equipe multidisciplinar, empenhado no levantamento, catalogação, pesquisa e democratização de um vasto acervo documental sobre a obra, vida e época do pintor Candido Portinari (1903-62). É também Presidente da Associação Cultural Candido Portinari, sucedendo ao seu primeiro Presidente, o Professor Afonso Arinos de Mello Franco. A ele foram outorgados prêmios e honrarias, como Prêmio Jabuti, concedido pela Câmara Brasileira do Livro; Prêmio Sérgio Milliet, concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte; Prêmio Rodrigo de Mello Franco, concedida pelo IPHAN; Prêmio CLIO de História, concedido pela Academia Paulistana da História; Personalidade a do Ano (2012), pela Associação Brasileira de Críticos de Arte; Ordem do Mérito Cultural, concedida pelo Governo Federal. Ordem da Defesa, concedida pelo Ministério da Defesa; Medalha Marechal Cordeiro de Farias, concedido pela Escola Superior de Guerra; Ordem da Stella d’Italia, concedida pela Presidência da República da Itália; Medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico, Categoria Grã-Cruz (2023), outorgada pela Presidência da República