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AGENDA CULTURAL

RAQUEL ARNAUD EXIBE SILVIA MECOZZI

Após um período sem expor na cidade, a última individual foi em 2005, na Pinacoteca do Estado, Silvia Mecozzi exibe na galeria Raquel Arnaud, Vila Madalena, a exposição “Branco de Si“. A exposição reúne uma instalação com placas em mármore que revestem o piso, uma escultura de cerca de 3 metros presa ao chão e outra com 70 cm fixa na parede, ambas produzidas no mesmo material. Em 2011 a artista realizou a série de fotografias “deserto das p_almas”, na qual retratava palmas das mãos de pessoas do seu círculo afetivo. Na série atual, a artista tratou de ampliar estes registros e esculpir no mármore as linhas das mãos fotografadas, criando relevos na pedra.

 

A plasticidade característica do mármore permitiu à artista gravar linhas e criar planícies e depressões, como numa mão. Em formato circular, a instalação deve ser sentida pelo público, que pode andar sobre as placas. Segundo Yuri Quevedo, que assina o texto sobre o trabalho de Silvia Mecozzi, o branco e o cinza do mármore e os sulcos que o trabalho fez nele, tornam-se matéria etérea e sensual, e intrigam pela luz. “Esses elementos guardam em si seu próprio segredo, e a relação entre eles parece ocultar uma história de relações que se expressa no relevo de um deserto […Espaço do afeto e não da história. Fronteira daquilo que cada corpo sabe de si mesmo]”, conclui.

 

 

Sobre a artista

 

Filha e neta de pintores, Silvia Mecozzi estudou com Carlos Fajardo e Sergio Fingermann e foi assistente de Luiz Paulo Baravelli. Em sua primeira individual, organizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo em 1994, recebeu o Prêmio Revelação de Pintura da Associação Paulista de Críticos de Arte. Desde 2000, destacam-se as individuais “Mera Esfera Espera Espinho”, apresentada no Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador; Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, Porto Alegre, RS, e no Espaço Cultural dos Correios, Rio de Janeiro, RJ, em 2003, e na Galeria Raquel Arnaud, em 2004. Em 2005, apresentou “Ouriças” na Estação Pinacoteca, São Paulo, SP, e em 2007, realizou individual na Galeria Sycomore Art, Paris. Em 2009, apresentou a obra “Libérer l’horizon, réinventer l’espace”, na Cité Internationale des Arts, Paris, e a videoinstalação “Olódòdó”, no Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador. Participou também de importantes exposições coletivas desde a década de 1990: “O Traje como Objeto de Arte”, no Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG, e na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal, ambas em 1990; 5ª Bienal de Santos e 23º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, em 1995, obtendo neste o Prêmio Aquisição; “Temporada de Projetos”, no Paço das Artes, São Paulo, SP, 1997 e “Viagens e Identidades”, United Artists V, na Casa das Rosas, São Paulo, 1999. Entre 2000 e 2008, além de exposições coletivas, como “Ópera Aberta”, na Casa das Rosas, 2002, e “Natureza-morta/Still Life”, na Galeria de Arte do Sesi e no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, RJ, 2004, integrou “Arte Contemporânea: uma história em aberto”, 2004, “Transparências”, 2007, e “Entre o plano e o espaço”, 2008, organizadas pela Galeria Raquel Arnaud, que representa a artista desde 2002.

Paralelamente, no piso térreo da galeria, é exibida a coletiva “Em Movimento” com obras dos artistas cinéticos Carlos Cruz-Diez, Dario Pérez-Flores, Elias Crespin, Luis Tomasello e Jesús Soto.

 

 

De 15 de agosto a 14 de setembro.

 

 

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