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AGENDA CULTURAL

Raros, Vintages & Inéditos 2

O projeto “Raros, Vintages & Inéditos” inaugura na Galeria Virgílio, São Paulo, SP, sua segunda ação com as exposições “É Tudo História” e “Movimento Contínuo”. “É Tudo História”, em que a seleção das obras enfatiza as técnicas de construção da imagem, exibe 48 fotografias de autoria de 20 profissionais. Com a curadoria de Guilherme Maranhão, a ênfase aos trabalhos não é necessariamente ao tema exibido, mas sim, a maneira como foi elaborada a imagem, ou seja, os procedimentos executados para se chegar àquele resultado. Em “Movimento Contínuo”, o curador Fausto Chermont selecionou 18 trabalhos de diferentes suportes e técnicas de autoria de 11 artistas em que o conceito principal está baseado na influência do concretismo brasileiro também na fotografia e no design

 

 

É Tudo História

 

Diferente do que é comumente retratado em exposições fotográficas, a pesquisa norteia e conecta os artistas convidados. Pesquisar é base para realizar tarefas; técnicas apuradas são contempladas, o que resulta em uma detalhada e cuidadosa produção de imagem fotográfica. E, para a constituição de cada um dos temas há uma história, pensada não só durante o seu registro, mas anterior e posteriormente.

 

O curador ainda questiona a postura do artista em relação a dificuldade do fazer o trabalho e o quão importante é ter liberdade para fazer escolhas, que mesmo não sendo as mais simples e comuns, são as que podem de fato solucionar alguma questão. Interligando esses itens, é possível compreender o embasamento da exposição, que destaca o conceito de se fazer uma imagem, a procura e o encontro pelas técnicas fotográficas utilizadas.

 

Fotógrafos brasileiros, com trajetória estabelecida e com reconhecimento internacional, exibem seu comprometimento com o conteúdo da imagem. São eles: Ana Angélica Costa, Ana Helena Lima, Bruna Queiroga, Cris Bierrenbach, Daniel Malva, Daniela Picoral, Danilo Valentini, Elizabeth Lee, Fatima Roque, Gabriela Gusmão, Juliana Bittencourt, Karina Rampazzo, Kenji Ota, Leka Mendes, Neide Jallageas, Patrícia Yamamoto, Paulo Angerami, Raquel Moliterno, Tatiana Altberg e Tiana Chinelli.

 

Segundo o curador Guilherme Maranhão “Independente do passado, da condição de aluno ou de professor, da idade e da experiência, todos recorreram a procedimentos rudimentares para produzir seus trabalhos. Isso não é incomum, uma solução política para seguir trabalhando, uma contingência prática que implica em mais pesquisa e que eventualmente devolve um conteúdo estético ou uma solução de linguagem que fala desse percurso alternativo. ”

 

 

Movimento Contínuo

 

Parte de uma pesquisa recorrente do curador Fausto Chermont, “Movimento Continuo” busca preencher uma lacuna nos registros de influencias de diversos movimentos na arte contemporânea. Muito já foi dito e exposto sobre as influencias dos movimentos Concretistas e Neoconcretista Brasileiro de forma a sedimentar essas teorias, mas a fotografia esteve fora dos arranjos propostos por historiadores, curadores na apresentação destes relatos.

 

Para a fotografia, este movimento no Brasil é tardio e leva o nome de Modernismo fotográfico, referenciado nas experimentações iniciadas pelo futurismo, criando uma dupla interpretação: coloca a produção de imagens como retardatária no processo histórico evolutivo mundial e não vincula ao processo pelo qual passava o Brasil no âmbito cultural, sobretudo das artes plásticas e da arquitetura, denominados corretamente de concretismo e neoconcretismo. Ancar Barcalla, Duda Rosa, Flávio Samelo, Frank Dantas, Guto Lacaz, Iatã Cannabrava, Joyce Camargo, Juan Esteves, German Lorca, Lucas Lenci e Volpi, autores clássicos e contemporâneos, exibem obras onde se utilizam de várias técnicas e linguagens em seus processos de trabalho onde o curador busca, além do resgate da sua essência, complementar a parte da história ainda não contada,mostrando as relações entre estes movimentos e apresentando a intrínseca relação entre as diversas linguagens.

 

 

“Educativa no conteúdo e cheia de surpresas no percurso, na exposição seguimos garantindo novas moradas para os nossos criativos. ”

Fausto Chermont – 2017

 

 

 Até 13 de maio.

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