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AGENDA CULTURAL

Reflexões urbanas de Ronah Carraro.

Mostra na Galeria Alma da Rua I traz reflexões sobre divisões sociais e artísticas através do graffiti. “Recortes” de Ronah Carraro explora limites e conexões na arte urbana. A Galeria Alma da Rua I, Vila Madalena, São Paulo, SP,  inaugura no dia 12 de outubro a exposição “Recortes”, exibição individual do artista Ronah Carraro, sob curadoria de Tito Bertolucci e Lara Pap. A mostra explora a técnica dos recortes, característica central na trajetória de Ronah Carraro no grafitti. Através da delimitação de cores e formas com spray, o artista propõe uma reflexão sobre as divisões da sociedade, a evolução das fases da vida e a complexidade das expressões artísticas.

O conceito de recorte, tanto no sentido literal quanto figurado, é uma das chaves para interpretar a obra de Ronah Carraro. O artista recorre à técnica como uma forma de desafiar os limites impostos pela própria arte, conectando-se ao público por meio de imagens que, ao serem recortadas e reorganizadas, sugerem novos olhares sobre o mundo. Cada obra da exposição “Recortes” convida o visitante a perceber as limitações e divisões como elementos que, em vez de restringirem, ampliam a capacidade de expressão e de entendimento das múltiplas camadas da realidade.

Ronah Carraro, nascido e criado no tradicional bairro da Mooca, em São Paulo, formou-se em artes plásticas e desenvolveu um estilo próprio que combina o digital e o urbano. Como diretor de arte na área têxtil, experimentou com as linhas vetoriais e trouxe essa influência para o grafitti. Em sua obra, Ronah Carraro utiliza diversos suportes, imprimindo seu traço rígido e marcante nos muros da cidade, retratando a diversidade comportamental e expressando as nuances da vida cotidiana por meio de uma paleta de cores vibrantes. A exposição “Recortes” marca uma nova fase na produção de Ronah Carraro, ao mesmo tempo que reafirma sua conexão com a arte urbana e o grafitti. Através de sua técnica, o artista oferece um prisma para refletir sobre o impacto das limitações e divisões, não apenas na arte, mas na sociedade como um todo.

Até 13 de novembro.

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