A Casa França-Brasil, Centro, Rio de Janeiro, RJ, recebe a mostra de fotos premiadas da World Press Photo sobre resiliência feminina. “Resiliência – Histórias de mulheres que inspiram mudanças” é uma exposição feita em parceria com a Fundação The World Press Photo e o Reino dos Países Baixos é gratuita e fica em cartaz até o dia 30 de novembro, Casa França-Brasil, no Rio.
“Resiliência – Histórias de mulheres que inspiram mudanças”, consiste numa seleção de histórias premiadas nos concursos da World Press Photo de 2000 a 2021, que salientam a resiliência e os desafios de mulheres, meninas e comunidades em todo o mundo. São retratos documentados por 17 fotógrafos, de 13 nacionalidades diferentes que expressam, por meio das fotografias, suas visões sobre questões como sexismo, violência de gênero, direitos reprodutivos e igualdade de gênero. A mostra seguirá para Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.
Entre as fotografias em cartaz, Crying for Freedom, da iraniana Forough Alaei, que documentou torcedoras proibidas de entrar em estádios de futebol de seu país. Arriscando serem presas, as torcedoras se disfarçam de homens para entrar nos estádios. O retrato Finding Freedom in the Water, da fotógrafa Anna Boyiazis, compartilha a história de alunas da Escola Primária Kijini que aprendem a nadar e a realizar salvamentos, no Oceano Índico, na Praia de Muyuni, Zanzibar. Tradicionalmente, as meninas do Arquipélago de Zanzibar são dissuadidas de aprender a nadar, muito devido à falta de roupas de banho mais recatadas.
As narrativas, contadas por meio das fotografias premiadas, revelam como as questões de gênero evoluíram no século XXI e como o fotojornalismo progrediu em sua forma de retratar essas mulheres e suas histórias. A exposição inclui ainda fotografias de Finbarr O’Reilly, Maika Elan, Catalina Martin-Chico, Pablo Tosco, Olivia Harris, Terrell Groggins, Jonathan Bachman, Heba Khamis, Daniel Berehulak, Robin Hammond, Diana Markosian, Jan Grarup, Magnus Wennman, Irina Werning, and Fulvio Bugani. “A imagem icônica captura o instante de um acontecimento único e cria no interlocutor uma conexão emocional. É sempre um registro impactante, com viés político por trás. Com imagens assim, tocantes, a World Press Photo hoje é a maior e mais respeitada mostra de fotojornalismo no mundo.
Neste projeto especial chamado Resiliência, as fotos abordam uma temática ainda especial: o papel da mulher no protagonismo histórico. Para mim, a série de 2016, da fotógrafa Anna Boyiazis, sobre instrutoras de natação que ensinam mulheres a nadar e realizar salvamentos, em um esforço para reduzir as altas taxas de afogamento na Região de Zanzibar, no Oceano Índico, é icônica. Compila em um único ensaio aspectos culturais, estéticos, econômicos e comportamentais”. Flávia Moretti é produtora cultural e representa no Brasil as edições da exposição da World Press Photo.
A exposição demonstra a habilidade do fotojornalismo em visualizar o poder de mulheres ao redor do mundo, em redefinir suas realidades e vencer desafios. No contexto da liberdade de imprensa, e celebrando a excelência em fotojornalismo, o World Press Photo tem orgulho em trazer essas histórias para o público brasileiro”, explica Raphael Dias e Silva, gerente de projeto na Fundação. Esta exposição reflete o compromisso dos Países Baixos com os direitos das mulheres, a igualdade de gênero e a justiça, fundamentais na defesa de sociedades harmônicas.
Mulheres em todo o mundo enfrentam desigualdades profundamente arraigadas, que as mantém sub-representadas em papéis políticos e econômicos. “A exposição Resiliência-histórias de mulheres que inspiram mudanças” transmite o compromisso dos Países Baixos com os direitos das mulheres, a igualdade de gênero e a justiça. Vozes múltiplas, documentadas por 17 fotógrafos, oferecem uma maior compreensão sobre como as mulheres e os desafios relacionados ao gênero evoluíram no século 21. A violência contra as mulheres prevalece como uma grave questão global de saúde e proteção”, afirma, André Driessen, embaixador dos Países Baixos. Em 2021, em todo o mundo, as mulheres representavam apenas 26,1% de cerca de 35.500 bancadas parlamentares, apenas 22,6% de mais de 3.400 ministérios, e 27% de todas as posições de gerência. A violência contra as mulheres prevalece como uma grave ameaça global e um problema de segurança.
Sobre a Casa França-Brasil
Este prédio histórico, de estilo neoclássico, foi projetado pelo arquiteto francês Grandjean de Montigny, por encomenda de D. João VI, e inaugurado em 13 de maio de 1820, visando a instalação da Primeira Praça do Comércio da Cidade do Rio de Janeiro. Em 1824, o prédio passou a ser ocupado como sede da Alfândega, e desde então assumiu diversos usos e funções até ser transformado em Centro Cultural. Em 1983 o projeto de requalificação do edifício para fins culturais foi concebido por Darcy Ribeiro quando secretário de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, como se mantém até hoje, acolhendo as mais diversas manifestações artísticas e culturais.
Sobre a World Press Photo Foundation
Somos uma plataforma global que conecta fotojornalistas, fotógrafos documentais e nosso público mundial por meio de narrativas confiáveis. A World Press Photo foi fundada em 1955, quando um grupo de fotógrafos holandeses organizou um concurso (“World Press Photo”) para expor seu trabalho a um público internacional. Desde então, nossa missão se expandiu. Nossos concursos se tornaram uma das competições mais prestigiadas do mundo, premiando os melhores em fotojornalismo e fotografia documental. Por meio de nosso bem-sucedido programa de exposições em todo o mundo, apresentamos a milhões de pessoas as histórias que importam. A World Press Photo Foundation é uma organização criativa, independente e sem fins lucrativos, com sede em Amsterdã, na Holanda. Agradecemos o apoio de nosso parceiro global, a Dutch Postcode Lottery, e nosso parceiro, PwC.
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