Poder capturar o impalpável, perseguir o intangível, subverter o óbvio, essas eram formas da artista carioca Brígida Baltar (1959-2022) ocupar espaços inesperados, reunindo em sua obra elementos do corpo, da natureza, das paisagens e da própria moradia. A exposição “Brígida Baltar: pontuações”, no MAR, Centro, Rio de Janeiro, RJ, permanecerá em cartaz até 05 de março de 2025, reúne cerca de 200 obras, perto de 50 são inéditas, produzidas por quase três décadas de atuação. Esta é a maior exposição institucional dedicada à artista e é realizada em parceria com o Instituto Brígida Baltar e a Galeria Nara Roesler. A mostra conta com curadoria de Marcelo Campos, Amanda Bonan e equipe MAR além do curador convidado Jocelino Pessoa. Seis obras de Brígida Baltar que fazem parte do acervo do Museu de Arte do Rio estão na mostra que apresenta fotografias, vídeos, instalações, esculturas e memórias textuais da artista.
“É a primeira exposição póstuma a reunir esse conjunto tão significativo de obras. A exposição tem esse nome: pontuações, porque ela parte dos escritos da Brígida. Ela tinha uma consciência muito grande de que era preciso organizar as obras, ela gostava muito de conversar sobre isso, então, num dos momentos ela passou a anotar tudo, ela foi dizendo como ela queria as escalas de impressão, quais obras deveriam ser refeitas e quais não. Muitas frases e reflexões da artista sobre as obras acompanham toda a exposição. Brígida foi uma artista de muito destaque no Brasil, uma artista como personagem de suas próprias fabulações, ela foi muito importante para a fotoperformance, videoperformance, ela influenciou muita gente em muitos lugares do país”, afirma o curador Marcelo Campos.
Dividida em duas salas, a exposição apresenta as séries produzidas por Brígida Baltar: no primeiro espaço são exibidas as suas relações com a casa e a família, já na segunda sala são apresentadas as fabulações da artista. Toda a exposição foi concebida, produzida e montada com profissionais que tiveram vínculos com Brígida Baltar.