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AGENDA CULTURAL

Sebastião Salgado, a Amazônia em Paris

 

A fotografia de Sebastião Salgado impacta sempre. Mas desta vez, a exposição Amazônia na Philarmonie de Paris apresenta o resultado de um trabalho de 7 anos de viagens pela floresta amazônica, não só mostrando magistralmente a fragilidade e beleza do ecossistema e assim, alimentar o debate sobre o futuro, mas aborda essa questão sob o prisma da música.

Sebastião Salgado convidou o compositor francês de música eletrônica e concreta, Jean-Michel Jarre, para compor uma obra que utiliza arquivos sonoros gravados na Amazônia desde 1950 e conservados no MEG-Museu Etnográfico de Genebra. O imenso talento dos dois criou um “percurso fotográfico-sonoro em estéreo” que convoca os olhos e os ouvidos para uma imersão emocionante nas imagens e nos sons.

Se estamos habituados às exposições de Salgado, aqui, embarcamos na emoção de “viver” de forma sensitiva a vivência do fotógrafo e das dezenas de pesquisadores que gravaram ao longo de décadas, os sons da biodiversidade e dos povos desse lugar.

A diretora do MEG nos ensina: “No ocidente, a visão e o tato são os sentidos dominantes. Na Amazônia é antes de tudo pela audição, logo, é pelo som que a conexão de si mesmo com o resto do mundo se estabelece”.

A partir disso, Lélia Salgado, comissária e cenógrafa da exposição que também traz a força de Heitor Villa-Lobos em uma das salas, espera que a experiência carregue o público para o interior da voz da Amazônia.

Prepare o seu coração antes de ir.

O evento Amazônia continua até o segundo semestre com shows de Caetano Veloso, Philip Glass, Rodolfo Stroeter, Marlui Miranda e Djuena Tikuna.

Rosangela Meletti (de Paris, com autorização).

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