Sebastião Salgado, um dos maiores nomes da fotografia internacional, inaugura sua primeira exposição individual na galeria Silvia Cintra + Box 4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ. Trata-se de uma seleta de imagens de importantes passagens da obra do artista desde os anos 1970 até seus registros atuais.
O ponto de partida é um conjunto de 4 (quatro) fotografias feitas na América Latina entre o final dos anos 70 e princípio dos 80. Essa série deu origem ao primeiro livro lançado por Sebastião Salgado, “Outras Américas”.
Seguindo pela década de 1980, 5 (cinco) imagens representam a histórica produção da série denominada “Serra Pelada”, uma serra localizada no Pará que chegou a ser considerada o maior garimpo a céu aberto do mundo e que nesta época viveu uma verdadeira “corrida do ouro”.
Os anos 1990 estão representados por 3 (tês) três obras, sendo uma delas a maior imagem da exposição, uma estação de trem lotada de pessoas na Índia.
Finalizando a mostra, 18 (dezoito) imagens da série “Gênesis”, exibem um lado mais poético da obra de Sebastião Salgado que durante oito anos, percorreu inúmeros locais do planeta em busca de paisagens ainda intocadas pelo homem. O Brasil aparece com força nesta série, que passa pela Amazônia, Pantanal e tribos indígenas no Pará. Durante as expedições do “Gênesis”, o artista viveu pela primeira vez a experiência de fotografar animais e estabelecer com eles uma relação de proximidade, muitas vezes de confiança. Jacarés, baleias, pinguins e onças fecham a exposição.
Sobre o artista
Sebastião Salgado nasceu no dia 8 de fevereiro de 1944 em Aimorés, Minas Gerais, Brasil. Vive em Paris. Economista de formação, começa sua carreira de fotógrafo em Paris em 1973. Trabalha sucessivamente com as agências Sygma, Gamma e Magnum Photos até 1994 quando, junto com Lélia Wanick Salgado, fundam a agência de imprensa fotográfica, Amazonas Images, exclusivamente dedicada ao seu trabalho. Viajou para mais de 100 países para projetos fotográficos que, além de inúmeras publicações na imprensa, foram apresentados em forma de livros, tais como: “Outras Américas”, 1986; “Sahel,l’Homme en détresse”, 1986; “Trabalhadores”, 1993; “Terra”, 1997; “Êxodos” e “Retratos de Crianças do Êxodo”, 2000); “África”, 2007; e “Gênesis”, de 2013. Publicou em 2015 o livro “Perfume de Sonho, uma viagem ao mundo do café”. Exposições itinerantes destes trabalhos foram e continuam a ser apresentadas internacionalmente. Juntos, Sebastião e Lélia trabalham desde os anos 1990 na recuperação do meio-ambiente de uma parte da Mata Atlântica. Eles devolveram à natureza uma parcela de terra que possuíam, e em 1998, esta terra foi transformada numa Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN. Neste mesmo ano, criaram o Instituto Terra que tem como missão a restauração da floresta, pesquisa e monitoramento, educação ambiental e desenvolvimento sustentável. Em reconhecimento ao trabalho desenvolvido no Instituto Terra, em 2012, Sebastião e Lélia receberam o Prêmio e. Instituto e, UNESCO Brasil e Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, e também o Prêmio “Personalidade Ambiental”, WWF-Brasil. Sebastião Salgado além de receber inúmeros prêmios por seus trabalhos fotográficos, é Embaixador de Boa-Vontade da UNICEF, membro honorário da Academy of Arts and Science dos Estados Unidos. Recebeu no Brasil a comenda da “Ordem do Rio Branco”, sendo ainda “Commandeur de l’Ordre des Arts et des Lettres”, pelo Ministério da Cultura e da Comunicação da França. Em 13 de abril 2016 foi eleito membro da Académie des Beaux-Arts de l’Institut de France, assumindo a cadeira ocupada anteriormente pelo fotógrafo Lucien Clergue.
De 28 de julho a 03 de setembro.