A exposição “Tabuleiros”, de Leila Pugnaloni, curadoria de Marco Antonio Teobaldo, ocupará os espaço da Galeria Pretos Novos, Gamboa, Rio de Janeiro, RJ. “Tabuleiros” reveste-se como uma espécie de retrospectiva da artista, em que ela pontua historicamente questões relacionadas ao trabalho escravo no Brasil, ao mesmo tempo que resgata lembranças de sua infância no Rio de Janeiro e a influência que a cidade exerceu sobre a sua trajetória profissional. Além dos tabuleiros, a artista exibirá pinturas sobre telas e madeira (séries “Módulos de Luz” e “Jujus”), desenhos e fotografias, produzidas a partir de 2007 até 2014. Nessa exposição a artista cria um arco no tempo através de uma poética desde vida dos escravos, aos ambulantes de hoje em dia.
A partir de sua visita ao sítio arqueológico Cemitério Pretos Novos, a artista realiza uma pesquisa sobre o mercado da escravidão no Rio de Janeiro, que remonta um traçado sobre a vida dos escravos de ganho até a rotina dos vendedores ambulantes de hoje em dia. Criando uma instalação com tabuleiros repletos de referências históricas, antropológicas e até mesmo auto-biográficas, Leila Pugnaloni promove, a partir de seu trabalho, uma reflexão sobre a importância do negro no Brasil.
A Galeria Pretos Novos é um espaço voltado à pesquisa curatorial e ocupações artísticas instalado sobre o sítio arqueológico do recém descoberto Cemitério dos Pretos Novos, na Gamboa. Único do país, o IPN tem como missão a preservação da memória da cultura nacional e, com a programação da galeria, divulgar e promover arte contemporânea produzida por artistas brasileiros.
Leila Pugnaloni realizou no Museu de Arte do Rio – MAR uma série de oficinas de Desenho, Poesia e Movimento, a partir de leitura de textos do poeta Paulo Leminski e modelos (passista de escola de samba, dançarinos de funk, charm e passinho).
Até 11 de maio.